sábado, 28 de julho de 2012

Tão...

Tão...




Não vejo salvação após as núvens,
Não sinto paz em meio aos réus
Decifro desejos inalcançáveis
Daqueles que tentam tocar o céu.

Ninguém estará a lhe esperar,
Ninguém irá curar suas feridas
Todos irão se fechar
Todos irão rir a sua partida.

Não existe orgulho quando se está ao chão,
Não existe força quando se tem razão
Acreditar que tudo irá melhor,
É só uma triste ilusão.

Autoria: Lobo (Leandro)

terça-feira, 24 de julho de 2012

...Não é nada.

...Não é nada.




Tanto tempo para nada,
Repelindo o amargo do cigarro
Com uma xícara de café
Para quê esperanças num mundo sem fé?

Tão longe, tão perto
Eu estou ao seu alcance
Mas, você não se importa em esticar os braços
Você não se importa.

E os dias vão caindo,
Um após outro
Até que tudo se transforma em um imenso bolo
Que ninguém mais irá assoprar suas velas.

Autoria: Lobo (Leandro)

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Ao vento

Ao vento



Sim, eu tenho medo
Medo de abrir os olhos
Quando estou em paz em meus sonhos
Logo, acordar cedo.

A rotina desgasta,
Como uma batida incansável num tambor
E ela também devasta,
Todo brilho, calor e a minha cor.

Eu tenho estado exaurido,
Eu tenho tido frio.
Afundando em um infinito rio
Como se nunca tivesse sofrido.

Perdido em minhas próprias palavras,
Aprisionado em meu próprio mundo
Eu estou cego e imundo,
E caindo, pois minha vida nem é mais alada.

Autoria: Lobo (Leandro)

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Nú...vel

 Nú...vel


Repousa no horizonte as núvens vazias
De tal vosso esplendor,
Diga-me o que fazes com essas vidas
Pelas quais tomou com ardor?

Flutua sorridente,
Para sempre imponente.
Ao atravessar os campos floridos
E a derramar sobre eles alívio.

Quando me deixastes,
Desolado.
Pensastes alguma vez em mim?
Eu estive aqui,
Sempre a esperar por ti.

Fostes embora para nunca mais voltar,
Para onde eu pudesse ver-te,
Mas jamais tocar.

Autoria: Lobo (Leandro)

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Ser Feliz

Ser feliz




Eu como sei, sabia flutuar
Mas, às vezes o destino levava a outro lugar
Eu pude ser a lua, brilhar com as estrelas
Pude tocar o sol.

Saia dessa vida, disseram eles
Como se eu pudesse
Ou quisesse,
Quem eram eles para me aconselhar?
Quem eram? Seres estranhos de outro lugar.

Eu muitas vezes sorri,
E lembro como é ser feliz
Hoje, uso uma máscara para florir
E injeto felicidade em minhas veias para viver.

Disseram eles... Hmm.
E eu disse,
Ser feliz, é mais do que sorrir
É aceitar que está bem, mesmo não estando
É se alegrar por existir,
Mesmo detestando.

Autoria: Lobo (Leandro)

terça-feira, 10 de julho de 2012

Você...

Você...

 

Das fontes de outrora
Onde o peito não era amargo
Não existiam horas
E sonhos repletos de afagos.

Eu procurei muitas vezes entender,
Eu procurei aceitar,
Procurei viver
Mas, é impossível mudar.

Eu fecho os olhos esperando que o sono venha
E com ele eu possa sonhar,
Fugir dessa dor
Voltar para meu lar.

Eu posso vencer,
Mas eu não quero
Eu posso mudar,
Mas eu não quero.

Abraço meus sonhos,
Enrijeço meu coração
Mas, olhar em seus olhos
É apatia de toda minha solidão.

E eu quero você,
Espero você...
Mesmo que jamais venha,
E mesmo que não seja mesmo você.

Autoria: Lobo (Leandro)

segunda-feira, 9 de julho de 2012

De uma hora a outra

De uma hora a outra



Eu devia ter deixado partir
Devia ter deixado morrer
Devia esquecer
Ou ao menos fingir.

Eu vi as sete luzes do céu
Eu senti os nove raios de sol
Eu gozei e chorei
Eu morri e vivi.

Quando as partes do enigma se opuseram
Eu tentei decifrá-las, em vão...
Escolhe-se o caminho,
Mas não para onde irá chegar
Muda-se a vida, mas não o destino
Apenas, aceitar...

Arregasse o medo a estancar
E apenas aguarde o fim chegar.

Autoria: Lobo (Leandro)

Em tal

Em tal



De tempo em tempo
As coisas mudam
Para ajeitar o sentimento
Enquanto a terra é molhada pela chuva.

Quando se faz testemunhos
Da esperança que já fracassa
É como saciar sua vida escassa
É como ferir pedras com seu punho.

Olhe em meus olhos,
Enquanto a vida passa
Meu corpo envelhece,
Mas em meus olhos,
Não há farça
E ao penetrar jamais se esquece.

Defira-me como louco,
Ao ignorar a minha ilúcida razão
De ainda acreditar pouco a pouco
Nisso que guardo no meu coração.

Autoria: Lobo (Leandro)