domingo, 30 de setembro de 2012

Distante do Mar

Distante do Mar 
 

Eu vejo migalhas onde havia fartura,
Vejo morte, onde ainda havia vida
Como pôde se acabar assim?
Sonhos transformados em um seco capim.

Nada mais reluz e nada é ouro,
Nada mais me diz e não há mais nenhum estouro.

Estarei sentado ao pé da árvore cinzenta,
Até que os dias caiam, um após outro
Serei o anúncio das estações finais
A neblina que jamais se dissipará.

Chamarei de lar,
O que a vida me deixou estar
Chamarei de lar,
O que nunca mais será.

Mas, ainda a tenho. Minha amada criança.
 
Autoria: Lobo (Leandro Carvalho)