quinta-feira, 18 de julho de 2013

Quebra de meus próprios cacos


 Quebra de meus próprios cacos





Felicidade de um dia qualquer,
Festas e receios na mesmo veracidade.
Destroço a vida e os demônios internos,
A tropeços e encanto descontente nas ruas desta cidade,
Onde apenas o medo e a dor são ternos.

Cuspindo na própria indignidade,
De nada poder suprir,
Nada poder mudar.
Sobrevoar as incertezas,
Se derramar fogo adentro.
E não poder mais conter
Nada virá,
Nem eu, nem você.

Das cinco vidas postas em jogo,
Quando a quarta torna-se vício,
A terceira, um desespero.
A segunda receio.
A primeira não mais que morte.

Perder a vida em cláusula distante,
Uma fez frio, agora intolerante.
Uma vez frio, agora não mais que açoito.
Uma vez frio, agora posto a morto.

Desacelerar a vida,
Batalhas esculpidas.
No corpo as próprias feridas,
Na alma, cicatrizes de outras vidas.

Nada poderá alcançar,
Nada poderá voltar.
Nada resultará,
Nada irá mudar.

O que o fogo queima,
O que a mentira persuadi,
O que o medo aclama,
Nada mais que cinzas da própria chama.


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Lobo

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